QUAIS SÃO OS RISCOS DAS PRAGAS QUARENTENÁRIAS PARA A AGRICULTURA?

As pragas quarentenárias são uma das grandes preocupações da agricultura, pois, a introdução desses patógenos em uma determinada região, pode provocar impactos sociais, ecológicos e econômicos.
Em geral, essas pragas podem gerar danos ao meio ambiente, produção agrícola e até mesmo, para as populações do local que habitam.
O que são pragas quarentenárias?
De acordo com a Embrapa, elas são organismos de importância econômica potencial para a área em perigo onde ainda não estão presentes ou, quando estão presentes, ainda não se encontram amplamente distribuídas sob controle oficial.
Em geral, as pragas quarentenárias apresentam ameaças e danos às culturas e são classificadas em:
A1 – Pragas Quarentenárias Ausentes: ainda não apresentam registro no país;
A2 – Pragas Quarentenárias Presentes: sua presença não está amplamente distribuída entre todas as regiões e estão sob controle oficial.
Contudo, estas pragas podem ser insetos, ácaros, nematoides, fungos, bactérias, fitoplasmas, vírus, viroides, plantas infestantes e parasitas.
De modo geral, a introdução de pragas quarentenárias em uma determinada região, sem as devidas medidas fitossanitárias para realizar a contenção e manejo, podem provocar impactos sociais, ecológicos e econômicos.
Entre eles podemos citar:
- Redução na produção agrícola;
- Perda de mercados;
- Elevação dos custos de exportação devido à imposição de barreiras fitossanitárias (domésticas e internacionais);
- Aumento dos gastos com controle;
- Impacto sobre os programas de Manejo Integrado de Pragas (MIP);
- Contaminação ambiental e de alimentos pelo aumento na aplicação de agrotóxicos;
- Desemprego por conta da eliminação ou diminuição de um determinado cultivo em uma região;
- Comprometimento de fontes de alimentos importantes para a população;
- Perda de biodiversidade nacional;
- Gastos com programas de controle oficial ou medidas de contenção.
Quais são as medidas para evitar a entrada e dispersão de pragas quarentenárias?
- Monitoramento e estabelecimento de plantações sentinelas para detecção precoce de eventual entrada de pragas;
- Controle de trânsito de vegetais e seus produtos a partir de áreas infectadas com a praga;
- Tratamento fitossanitário quarentenário com o intuito de assegurar que os vegetais, partes de vegetais e seus produtos, assim como embalagens e suportes de madeira, nas operações de exportação e importação, encontrem-se livres de pragas;
- Exigência de atestados de sanidade vegetal para intercâmbio de vegetais e seus subprodutos, como Certificado Fitossanitário de Origem (CFO) ou Certificado Fitossanitário de Origem Consolidado (CFOC);
- Exigência de Permissão de Trânsito de Vegetais, isto é, o documento fitossanitário emitido para acompanhar o trânsito de partida de plantas, partes de vegetais ou produtos de origem vegetal, de acordo com as normas de defesa sanitária vegetal, e para subsidiar, conforme o caso, a emissão do Certificado Fitossanitário (CF) e do Certificado Fitossanitário de Reexportação (CFR), com declaração adicional do Mapa;
- Educação fitossanitária, realizada através de ações desempenhadas por órgãos de defesa fitossanitária para capacitação de produtores, técnicos e população em geral sobre pragas quarentenárias.
Fonte: www.agriq.com.br